quinta-feira, 22 de junho de 2017

Não - Lugares

Fortaleza do coronel João Dantas de Oliveira
 
                                            foto: Emanoel Amaral
                Casa do coronel João Dantas de Oliveira (1981)
 
                 O não-lugar é diametralmente oposto ao lar, à residência, ao espaço personalizado. É representado pelos espaços públicos de rápida circulação, como aeroportos, rodoviárias, estacoes de metrô, e pelos meios de transporte - mas também pelos museus e ruinas.
                  Só, mas junto com outros, o habitante do não-lugar mantém com este uma relação contratual representada por símbolos da supermodernidade, seja um ticket de passagem, ou cartões eletrônicos, além de documentos e recursos da digitalização fotográfica (fotografias), símbolos que, enfim, comprovam a identidade.
Capa livro
 
 
                  Depois da acusação de cumplicidade no saque a cadeia pública de Pombal no estado da Parahyba, ocorrido no ano de 1874, episódio protagonizado pelo cangaceiro potiguar Jesuíno Brilhante (1844-1879), o coronel João Dantas de Oliveira migrou para o Rio Grande do Norte, onde edificou grandiosa fortaleza no sítio Patu de fora, tornando-se inimigo do outrora aliado Jesuíno Brilhante e manteve vigorosa aliança com a família Limão, cujos membros foram arqui-inimigos de Jesuíno.
 
               foto: Saci
Ruinas da fortaleza do coronel João Dantas de Oliveira (2010)

Família Limão
 

                                         Foto: Carlos Tourinho
Limões no filme (1972)

 

                                      Foto: Rafael Soares
Sítio Patu de Fora (2017) 
                 Afeito a magia, de sua fortaleza o coronel liderou a numerosa família limão para uma investida contra um inimigo que supostamente tinha uma proteção mítica que lhe conferia a inviolabilidade do seu corpo, dai a necessidade de se produzir nesta fortaleza "balas envenenadas", a emboscada que ceifou a vida do cangaceiro Jesuíno Brilhante foi comandada pelo cabo Preto Limão.
 
                                  Foto: Carlos Tourinho
Preto Limão no cinema (1972)
 
 
  

                                  Foto: Canuto Saraiva
Habitante de Não-lugar (sobrado de Belém de Brejo do Cruz/PB)



 
                           Segundo Mário Valdemar Saraiva Leão, 98 anos, em depoimento no documentário O Lugar da Morte de Jesuíno Brilhante, este fatídico episódio ocorreu no serrote da tropa na zona rural de São José de Brejo do Cruz/PB, em dezembro 1879, quando "Jesuíno rastreava a tropa sendo alvejado a pontaria". Teria dito na ocasião: valha-me, nossa senhora! Uma bala envenenada atravessou meu coração.
 
                    Foto: João Lima
Mário Saraiva, São José de Brejo do Cruz/PB (2004)
 


sábado, 17 de junho de 2017

Monografia

Cineasta recebeu escritor
 
 
               No último sábado 17.06.2017, por volta das dez horas o cineasta Carlos Tourinho recebeu em seu apartamento localizado no bairro Tirol em Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte, o escritor e médico psiquiatra Epitácio de Andrade Filho, como aluno concluinte do curso de especialização em cinema - UFRN 2017 havia solicitado o apoio para elaboração final de sua monografia Jesuíno Brilhante, O Cangaceiro Potiguar no Cinema Nacional.
 
 
Epitácio Andrade entrega A Saga dos Limões a Tourinho 
 
 
             Gentilmente, Carlos Tourinho que foi o diretor de fotografia do filme Jesuíno Brilhante, o cangaceiro tem disponibilizado seu acervo para a historiografia do cinema potiguar.
 
Epitácio e Tourinho assistem a Jesuíno
Vale do Açu na cena
 
 
               O trabalho monográfico recebe a orientação do professor pos-doutor Alex Beigui.
 
Alex Beigui e Epitácio
              Entre as referências bibliográficas estão dissertações de mestrado:
  • Lugares de memória: Jesuíno Brilhante e os testemunhos do cangaço nos sertões do oeste potiguar e fronteira paraibana. - Lucia Maria de Souza Holanda
  • "Mão branca" em cena: dramaturgia e violência no mito urbano. - Tatiana de Morais Barbosa
Dissertações