quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Cartas Pós-modernas Confraria

Cartas Pós-modernas Confraria

CONFRARIA DOS OVOS MOLES

Cansada de nada fazer, a confraria se fantasia de cega.

TEMES

Para fingir que não ver e não ter o que dizer. Não sou moderno, nem eterno: Pós-moderno. Só entra quem frequenta a claque. Quem manda é o garoto do parque. Entrecortadas ardem! Restou a dormilona 25. Somos umas vacas retalhadas neste açougue de inutilidades, partidarismos e maniqueísmos: Tatu ou Peba? Tatubomba. Pebahonra. Acadé mia. Do boi não se perde o berro: Será letra. Pedra, arte! 

CANTARIA

Assim caminha a confrá ria. Viva eu, viva tu, viva o rabo do tatu! O livro se chama Fui ao Croatá... - Uma Geolovehistory. O lançamento será 14 de março de 2016 - Dia Nacional da poesia, às 10 horas, no Salão Nobre da Assembleia Legislativa, em Natal/RN. Venham! A confraria do terceiro gole não insiste. Não resiste. Desiste. Tchau! Um conselho? Fiscal.


POEMA VISUAL DE AVE LINO DE ARAÚJO SAUDADO PELA CONFRARIA DO TERCEIRO GOLE.  POLUENTE VISUAL: VIVEIROS DE CAMARÃO DESTROEM O MANGUE
CAPA DO LIVRO FUI AO CROATÁ...- UMA GEOLOVEHISTORY, DO ESCRITOR CATOLEENSE EPITÁCIO ANDRADE

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Anísio Neto


Música de Cantor Patuense Fará Parte do Repertório do novo CD de Dudé Viana


Dudé Viana, cantor Anísio Neto e Epitácio Andrade

                    Já está em fase de gravação  ¨A Flor Musical de Dudé Viana¨,  novo  trabalho artístico do cantor-compositor caraubense  Dudé Viana. O CD será composto por 14 canções inéditas, românticas e composições com apelo à preservação ambiental. No repertório estarão: a romântica ¨Oh! Dany¨, ¨Oração pela Terra¨, poema do imortal Diógenes da Cunha Lima, musicado por Dudé Viana  e ¨Dor de Calúnia¨, música vencedora do 4º ParnaCurta, festival de cinema de Parnamirim/RN, na modalidade videoclipe. Uma novidade deste novo trabalho acústico é a presença no repertório da vibrante música ¨Nadir¨, de autoria do cantor patuense Cezário Anísio Neto, em parceria com o escritor Epitácio Andrade. Para esta faixa Dudé Viana formará um dueto com o cantor também patuense Cláudio Saraiva. Neste dia 07 de fevereiro de 2016, Anísio Neto recebeu Dudé Viana e Epitácio Andrade, em sua residência em Natal, capital potiguar, para gravar um vídeo apresentando a música ¨Nadir¨ e autorizando a sua gravação.


Dudé Viana com Anísio Neto

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Marcus Vinicius

Ativista Antimanicomial Morto na Bahia Recebeu Comenda em Caicó

Militante antimanicomial Marcus Vinicius


               Na noite de 04 de fevereiro de 2016, o professor aposentado da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Marcus Vinicius Oliveira Silva foi sequestrado de sua residência em Salvador, capital baiana, e no dia seguinte seu corpo foi encontrado com sinais de execução com um tiro na nuca, no povoado de Pirajuía, na zona rural do município de Jaguaripe, no Recôncavo Bahiano. Marcus Vinicius era graduado em psicologia pela Fundação Mineira de Educação e Cultura (1982), mestre em saúde pública pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) (1995), doutor em saúde coletiva pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) (2003),  pós-doutor em ciências humanas pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Psicólogo Marcus Vinicius

Líder Estudantil Marcus Vinicius

               Coordenava o Núcleo para Superação dos Manicômios, em Salvador. Em 1987, participou da fundação do movimento da Luta Antimanicomial, e desde então, era uma de suas principais lideranças. Organizou o livro A Instituição Sinistra – Mortes de Pacientes nos Hospitais Psiquiátricos do Brasil, o que lhe rendeu um processo movido pela Federação Brasileira de Hospitais, sendo mais tarde absolvido. Ao lado do psiquiatra Epitácio Andrade e da professora Neuzanete Costa dentre outros militantes construíram o processo da reforma psiquiátrica em Caicó, um trabalho que resultou no fechamento do Manicômio Milton Marinho, um dos mais atrozes do país. Esse trabalho foi reconhecido pela Câmara de Vereadores de Caicó, que em 2002,  Concedeu-lhe a comenda de honra ao mérito ¨Santana dos Diferentes¨. Ultimamente, Marcus Vinicius estava dedicado à intermediação de conflitos entre comunidades indígenas e fazendeiros.
Marcus Vinicius Oliveira Silva

Conferencista Marcus Vinicius

Ambientalista Marcus Vinicius

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Cartas Pós- modernas Crepúsculo


Cartas Pós-modernas Crepúsculo

Crepúsculo em Patu
Tu vens, tu vais. Eu não escuto teus sinais. Quem espera nunca alcança, nem descansa, se cansa. Tu vens, tu vais. Não visito seus umbrais, catedrais.


Maquete da Catedral de Brasília

Amanhecer. Entardecer. Anoitecer. Escurecendo...

Escurecendo
Entardecendo cordialmente

 Saudações fraternais, desejos sexuais. Reencontros cordiais, encontros marginais. Estou falando contigo. Seremos apenas bons inimigos. Água dura em pedra mole tanto bate que explode. Crepúsculo de urso polar ártico ou antártico é sol da meia noite.
O sol da meia noite
 
É melhor, não! Tu me beijas? Fim de papo.
Raul Seixas.

Quem tem colírio!
 

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Faixas Poemas


Exposição Pública de Faixas-poemas- I Encontro dos Poetas de Patu
Epitácio Andrade segurando faixa com Dudu
 
Para convidar a população para participar do I Encontro de Poetas de Patu; para chamar atenção para a preservação do patrimônio artístico-arquitetônico-cultural, para provocar o debate das questões sociais, o Movimento Patu 2001 realizou uma exposição pública de faixas-poemas no dia 14 de março de 1998. O garoto Luiz Eduardo Saraiva Godeiro (Dudu) com o médico e escritor Epitácio Andrade, idealizador do Movimento Patu 2001, seguraram a faixa do encontro para o músico Cláudio Saraiva captar a imagem. “Canto de pássaro entrecortado arde à cor da manhã¨, o poeta concretista Jota Medeiros mandou seu recado que ficou próximo do branco corcel 73 do folclorista João de Artur, que sempre repete para a posteridade: ¨a diversão é necessária ¨, no terreiro da usina e em qualquer canto. 


Na usina velha
 
Poema de Jota Medeiros e Corcel 73 de João de Artur
 
 O artista plástico e arte-educador Ricardo Veriano filosofou:¨senhor prefeito, dê um presente ao futuro, preserve o passado ¨. No edifício do quartel velho, uma flâmula expunha o apelo, que logo foi retirado pelos apaniguados do chefão.
Quartel Velho
 
O segmento GLBT contribuiu com uma pichação: ¨Abaixo a violência! Arme-se de’lírio!¨.
Pichação
 
Iniciando um projeto quilombista, o movimento ocupou a fachada frontal do velho bangalô indicando o caminho:¨ Sítio Arqueológico do Jatobá a 10 km a frente, há 10 mil anos atrás¨.
Velho Bangalô
No pátio externo da capela do sítio Cajueiro, Drummond denunciava o lugar  onde o cangaceiro Jesuíno Brilhante se escondia dos negros Limões, seus arqui-inimigos: ¨Tinha uma pedra no meio do caminho...¨. 
Faixa poema no Sitio Cajueiro
 
O escritor Epitácio Andrade apresentou sua inspiração concretista, numa faixa de plástico transparente, cunhou com letras azuis:¨aguaaguaaguaaguaaguaaguaaguaaguaaguaaguaguaaguaaguaguaguaguaaguaaguaguaguaguaguaaguaaguaaguaaguaaguaagua¨
aguaaguaaguaaguaagua, de Epitácio Andrade
 
A faixa-poema foi afixada na casa velha do antigo fomento agrícola, na Rua das Cachorras, hoje  Bairro Epitácio de Andrade. O artista francês Marcel Duchamp foi parodiado na Praça padre Henrique Spitz, construtor do Santuário Ecológico do Lima, onde se encontra sepultado num túmulo de granito, cuja lápide foi Zé Pernambuco quem fez.
Zé Pernambuco
 
Duchamp teria dito: ¨A seriedade é perigosa. A adutora está seca¨.
paródia de Marcel Duchamp
 
 ¨Malboro¨, poema visual do artista patuense Avelino de Araújo, esteve desprotegido pela confraria do terceiro gole.
Malboro e poetas do terceiro gole
 
 Os poetas do terceiro gole participaram em massa da paródia a Marcel Duchamp. Este 14 de março- dia nacional da poesia, só recebeu apoio cultural do antigo motor da luz.
14 de Março, Apoio: Motor da Luz
 
O recado final da histórica exposição de faixas-poemas ficou exposto na antiga estação ferroviária: MUSEU !        
Museu

Originais

Pesquisador Social Resgatou Originais do Livro ¨Uma Mudança ao Ceará¨, de Mocinha Saraiva
Originais do livro de Mocinha Saraiva
Revendo seu arquivo pessoal, com o intuito de selecionar material para a III Mostra de Etnopsiquiatria, que deverá ocorrer no Museu Rural de Patu, no dia 18 de maio de 2016, o escritor e pesquisador social Epitácio de Andrade Filho conseguiu resgatar os originais da primeira edição do livro ¨Uma Mudança ao Ceará, da escritora patuense Mocinha Saraiva, dentre outras relíquias.
Capa da primeira edição do livro
O livro da escritora Mocinha Saraiva foi lançado no dia 18 de maio de 2002, no Salão de Recepções do Hotel Vila do Príncipe, em Caicó, no Seridó potiguar, e foi apresentado em Patu, no Médio-oeste do Rio Grande do Norte, no dia 14 de setembro do mesmo ano, durante a II Mostra de Etnopsiquiatria, cujo folder do evento foi ilustrado pelo desenho da capa do livro de Mocinha Saraiva.

Folder da II Mostra de Etnopsiquiatria

Uma parte dos originais está datilografada e outra foi manuscrita de próprio punho pela escritora ou por familiar próximo.
Manuscritos de ¨Uma Mudança ao Ceará¨
Manuscritos
A I Mostra de Etnopsiquiatria aconteceu na Câmara de Vereadores de Patu, em setembro de 2001, teve como tema: ¨Etnopsiquiatria e Psicanálise¨. Aconteceram entre as atividades: uma apresentação das obras de Sigmund Freud, apresentação do mostruário de drogas psicoativas da polícia Militar/RN e uma exposição coletiva de obras de arte dos artistas plásticos Jany Tavares e Márlio Dantas Forte.
 ¨Destinos¨, do artista plástico patuense Jany Tavares
 
 
Artista plástico e fotógrafo Márlio Forte com Epitácio Andrade

Participaram da I Mostra de Etnopsiquiatria: a assistente social janduisense do Hospital Regional  Tarcísio Maia de Mossoró Elza Maria Gurgel de Oliveira, os coronéis Nascimento e Sairo, o cabo Aurélio, ambos da Polícia Militar/RN, o psicólogo Valdir Ajala da Polícia Civil/RN e o empresário e farmacêutico Jorge Castro Júnior (Júnior Baiano).
Epitácio Andrade, Elza Gurgel e Júnior Baiano
 
A II Mostra de Etnopsiquiatria ocorreu no dia 14 de setembro de 2002, num cenário armado numa residência localizada na Praça João Carlos,83, no centro histórico de Patu. Teve como tema: ¨O Impacto das Migrações no Processo saúde-doença mental – O Caso das retiradas Itinerantes do Povo Sertanejo. O cenário era formado por um pequeno auditório, pela sala ¨Universo Paralelo Luiz Saraiva¨, dedicada a exposição das peças museológicas do período que se dedicou à mineração o senhor Luiz Saraiva, condecorado com  homenagem póstuma pela Assembleia Legislativa do RN e codinominado ¨artífice do ferro¨.
Chico de André, Rosalita Forte, João Dantas, Cristina Claudia e Niane   
A II Mostra contou com as presenças de: comerciante e ex-vereador Francisco Otávio de Moura (in memoriam) (Chico de André), esposo da escritora Mocinha Saraiva (in memoriam), professora Rosalita Leite Forte (in memoriam), professora Cristina Cláudia e do artesão Geraldo Ferreira Saraiva (Niane) (in memoriam).
Também compunha o cenário da II Mostra uma barraca de acampamento do exército, dedicada à história do açude do Tourão(1982), na zona rural de Patu.

Barraca de acampamento do exército

O coronel PM/RN médico Silvério Monte, responsável pela assistência médica prestada aos 900 cossacos empregados na construção do açude, foi um dos expositores da II Mostra de Etnopsiquiatria.
Escritor Epitácio Andrade com coronel médico Silvério Monte
Para a realização da III Mostra de Etnopsiquiatria já foram iniciados entendimentos com o farmacêutico e empresário doutor José Adécio Leão, proprietário do Museu Rural de Patu.

Escritor Epitácio Andrade com empresário Adécio Leão

 
Esse trabalho de resgate histórico feito pelo pesquisador Epitácio Andrade não poderia ter concluído de forma mais gratificante: O pesquisador localizou uma carta em que a escritora Mocinha Saraiva lhe apresenta os agradecimentos, pela publicação de ¨Uma Mudança ao Ceará¨.
 Carta de agradecimento
Carta de Agradecimento da escritora Mocinha Saraiva a Epitácio Andrade
 
 
 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Delegado Cangaceiro

O Delegado que Virou Cangaceiro
 
Contemporâneo dos Limões (1865/1879), Liberato Cavalcante de Carvalho Nóbrega foi o delegado que virou cangaceiro. Com base em informações obtidas nos livros ¨Cônego Bernardo¨ e ¨Cangaceiros do Nordeste¨, publicados no século XIX, pelo escritor paraibano Pedro Batista, o memorialista Trajano Pires da Nóbrega em sua obra genealógica¨A Família Nóbrega¨, editada em 1956, apresenta  a história do jovem produtor rural  Liberato Cavalcante de Carvalho Nóbrega que foi nomeado delegado da Serra do Teixeira, no sertão paraibano, nos idos dos anos60/70 do século XIX, e depois, por razões, igualmente políticas, seguiu a trajetória do cangaço.
Cadeia Pública de Teixeira/PB
 
O resgate da história de Liberato foi possibilitado porque Trajano teve acesso a história oral relatada por dona Francisca Rodrigues, viúva de Francisco Benigno, mais conhecido como ¨Benigno Caluete¨, uma das vítimas do cangaço de Liberato. Dona Francisca se casou, em segundas núpcias, com Francisco Vicente de Araújo, habitante da cidade de Patos na Paraíba e amigo do escritor Trajano da Nóbrega.
Patos/PB - 1915
 
Segundo relatos da tradição oral, Liberato era corpulento, calado, retraído, benquisto e respeitado. Sua área de atuação se restringiu as circunvizinhanças da Serra do Teixeira, com epicentros na própria Vila do Teixeira, em Patos e em Santa Luzia, ambas no sertão paraibano.
Liberato, descendente direto da tradicional família Nóbrega, era bem relacionado com personalidades políticas de destaque na Paraíba, como o cônego Bernardo e o Dr. Manuel Dantas. O cônego Bernardo Carvalho de Andrade era primo de Liberato, a quem o considerava coirmão. Foi vigário do Teixeira, arcipreste (equivalente a Bispo) e deputado provincial da Paraíba. Outra personalidade do conjunto de relações sociais de Liberato era o Dr.  Manuel Dantas Correia de Góis, principal liderança da região. Era padrinho de Augusto, irmão de Liberato. Depois de certa relutância por parte de Liberato Nóbrega, Dr. Manuel Dantas o nomeou delegado do Teixeira, em comum acordo com o cônego Bernardo, de quem era amigo e compadre.
O principal objetivo da nomeação de Liberato como delegado era o enfrentamento aos Guabirabas, bando formado por três irmãos: Cirino, Juvino e João, além de um cunhado chamado Manoel Rodrigues. Segundo Trajano da Nóbrega, os Guabirabas eram criminosos insolentes e perigosos, vindo de Pajeú de Flores, em Pernambuco.
 No dia 21 de abril de 1862, o bando dos guabirabas saqueou a feira de Teixeira, promovendo roubos e todo tipo de depredação. Atirando a esmo, em trotes agalopados pela rua da vila, emitiam provocações a Liberato, que percebendo a superioridade numérica do bando, resolveu emboscá-lo na descida da serra. Um tiro certeiro de clavinote pôs fim ao bandoleirismo de Cirino Guabiraba. O trabalho de delegado de Liberato foi posto a prova,  quando  prendeu um apaniguado do doutor Dantas, acusado de homicídio, recebeu a recomendação para colocá-lo em liberdade, ao que Liberato respondeu em latim:  ¨dura lex, sede lex¨(a lei é dura, mas é lei), fato que desagradou profundamente, o doutor Dantas. Sabendo que teria um revide do chefe político, a partir desse momento, Liberato passou a ser apenas ¨o cabra da serra¨. Não foi só noções de latim que Liberato herdou dos religiosos que o protegiam.   Suas ações eram anunciadas com o soar de um sino. Quando tentou reassumir o posto, foi preso e recolhido ao cárcere pelo novo delegado, sob acusação de autoria de homicídios, dentre eles o de Cirino Guabiraba. O seu irmão Augusto passou a liderar o bando e tentou resgatá-lo, mas já era tarde. Uma tropa especialmente designada, para tal fim, recambiou Liberato para a cadeia pública de Parahyba, capital da província, aonde veio a falecer, depois de contrair varíola, durante a epidemia do final do século XIX.
Cadeia Pública de Parahyba
 
Em versos, o menestrel cordelista Leandro Gomes de Barros (1865/1918),nascido no Sítio Melancia, no município de Pombal, na Paraíba, que morou no Teixeira, registra a saga do bravo Liberato Nóbrega com os facínoras Guabirabas, o poema de Gomes de Barros está editado no livro Ao Som  da Viola, de Gustavo Barroso, publicado em 1921. Em sextilhas rigorosamente metrificadas, o poeta Ariano Suassuna (1927/2014) enaltece as ações dos irmãos guabirabas e o delegado-cangaceiro Liberato Nóbrega é mero figurante, em seu livro de poesias Os Guabirabas, publicado em 1943. Os Limões, arqui-inimigos dos Brilhantes, não fazem parte da memória suassuniana o seu magno Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do sangue do vai-e-volta (1971) é dedicado à memória de seu pai João Suassuna (1886/1930) e  Jesuíno Brilhante (1844-79). No dia 14 de março de 2008, o poeta paraibano Gil Hollanda lançou em Caicó, capital do Seridó potiguar, durante café poético, com a presença do poeta Kydelmir Dantas, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço (SBEC) e do repentista Chico Mota (1924/2011) o folheto de cordel ¨O Delegado que Virou Cangaceiro¨.


Livro de Gustavo Barroso
 
Epitácio Andrade, Chico Mota, Kydelmir Dantas e Gil Holanda